quarta-feira, 2 de maio de 2012

BIOGRAFIA Alfred Reginald Radcliffe-Brown

 
                      Antropólogo britânico nascido em Birmingham (1881), Warwick, Inglaterra, criador do estudo das sociedades humanas como ciência. Realizou suas primeiras pesquisas antropológicas (1906-1912) nas ilhas Andaman, a sudoeste da Indochina, e na Austrália ocidental, a fim de estudar os sistemas de parentesco e a organização familiar dos povos aborígines. Sempre defendendo a condição de ciência para a antropologia e para as demais disciplinas das sociedades humanas. Foi professor-visitante das universidades de Yenching, São Paulo e Faruk I, em Alexandria, no Egito, onde também dirigiu o Instituto de Estudos Sociais e morreu em Londres (1955).
             Como importante antropólogo funcionalista, pesquisou os nativos das ilhas Andaman, no golfo de Bengala e seus principais trabalhos versaram sobre organização social das tribos australianas, sistemas africanos de parentesco e casamento e a estrutura e função nas sociedades primitivas. Ele supõe, ao aplicar a sua teoria, que há condições necessárias de existência para as sociedades humanas e que estas podem ser descobertas pela pesquisa científica adequada. Importante notar, que Radcliffe-Brown considera o rótulo de "funcionalista" algo sem sentido. Para o autor não há espaço para a existência de "escolas" na antropologia.
                 De tudo o que Radcliffe-Brown encontrara no seu trabalho de campo, há três ideias centrais: usar o conceito de função social defendido por Durkheim e que ele adaptou para a Antropologia, redefinindo o seu campo de investigação como a análise das sociedades primitivas, dando uma nova orientação às formas de estudo dessas sociedades, generalizando as estruturas sociais estudadas.
Por vezes se afastando de Durkheim, mas ainda assim com uma ampla influência do autor francês, Radcliffe Brown procura distanciar a antropologia da imagem adquirida e defendida por outros autores de ser a ciência que estuda a "cultura" para dar a ela uma função mais fundamental, a do estudo das estruturas sociais sem, contudo, negar a importância e necessidade dos estudos etnológicos para a apreensão do objeto da antropologia social.

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