Antropólogo
britânico nascido em Birmingham (1881), Warwick, Inglaterra, criador
do estudo das sociedades humanas como ciência. Realizou suas
primeiras pesquisas antropológicas (1906-1912) nas ilhas Andaman, a
sudoeste da Indochina, e na Austrália ocidental, a fim de estudar os
sistemas de parentesco e a organização familiar dos povos
aborígines. Sempre defendendo a condição de ciência para a
antropologia e para as demais disciplinas das sociedades humanas.
Foi professor-visitante das
universidades de Yenching, São Paulo e Faruk I, em Alexandria, no
Egito, onde também dirigiu o Instituto de Estudos Sociais e morreu
em Londres (1955).
Como importante antropólogo
funcionalista, pesquisou os nativos das ilhas Andaman, no golfo de
Bengala e seus principais trabalhos versaram sobre organização
social das tribos australianas, sistemas africanos de parentesco e
casamento e a estrutura e função nas sociedades primitivas. Ele
supõe, ao aplicar a sua teoria, que há condições necessárias de
existência para as sociedades humanas e que estas podem ser
descobertas pela pesquisa científica adequada.
Importante notar, que
Radcliffe-Brown considera o rótulo de "funcionalista" algo
sem sentido. Para o autor não há espaço para a existência de
"escolas" na antropologia.
De
tudo o que Radcliffe-Brown encontrara no seu trabalho de campo, há
três ideias centrais: usar o conceito de função social defendido
por Durkheim e que ele adaptou para a Antropologia, redefinindo o seu
campo de investigação como a análise das sociedades primitivas,
dando uma nova orientação às formas de estudo dessas sociedades,
generalizando as estruturas sociais estudadas.
Por
vezes se afastando de Durkheim, mas ainda assim com uma ampla
influência do autor francês, Radcliffe Brown procura distanciar a
antropologia da imagem adquirida e defendida por outros autores de
ser a ciência que estuda a "cultura" para dar a ela uma
função mais fundamental, a do estudo das estruturas sociais sem,
contudo, negar a importância e necessidade dos estudos etnológicos
para a apreensão do objeto da antropologia social.
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