Bronisław Kasper Malinowski
nasceu em Cracóvia, Polónia, a 7 de Abril de 1884. De descendência
aristocrata nasceu em uma família com interesses culturais e
acadêmicos, que certamente contribuíram para o êxito que este teve
nas áreas que se envolveu.
Começou por estudar
matemática e física, mas ao ler “The Golden Bough” de James
Frazer o seu interesse por antropologia despertou, e foi já em
Londres, na escola de economia e estudos políticos que este procurou
desenvolver o seu trabalho neste campo. Contribuindo para a
antropologia de rigor científico nas observações e a importância
dada ao trabalho de campo, que foi aplicado pela primeira vez entre
os nativos das Ilhas Trobriand (Papua Nova Guiné) entre 1915-1918;
Seu
primeiro emprego foi dedicado à família na sociadade Trobriand (a
família entre os indígenas australianos, 1913), e sua próxima
obra, Os Argonautas do Pacífico Ocidental(1922), foi o resultado de
dez anos de pesquisa, para o qual fez estadias prolongadas entre os
nativos. Em 1926, seu trabalho Sexo e Repressão na Sociedade
Selvagem, que continuou enfatizando o estudo da sociedade aborígene.
Dividindo-se entre o trabalho
de campo e o de professor, este passou pela Universidade de Londres,
Universidade de Cornell, Universidade de Harvard e pela Universidade
de Yale. Como teórico, é considerado o fundador do funcionalismo,
escola antropológica que visa analisar as instituições sociais em
termos de satisfação das necessidades coletivas, considerando cada
sociedade como um sistema fechado e coerente; razão pela qual ele se
opôs à aplicação de certas abordagens reducionistas evolutivas
para sociedades humanas.
Segundo o antropólogo Ernest
Gellner, Malinowski tomou uma posição original em relação aos
conflitos de idéias do seu tempo. Ele não repudiou o nacionalismo,
uma das ideologias nascentes e marcantes do século XIX, mas ele
fusionou o romantismo com o positivismo de uma nova maneira, tornando
possível investigar as velhas comunidades, mas ao mesmo tempo
recusando conferir autoridade ao passado.
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