MALINOWSKI
Considerado um dos pais da
pesquisa de campo porque rompe com o método evolucionista também
chamado de comparativo e com a “antropologia de gabinete” na qual
os pesquisadores baseavam –se nos relatos de viajantes,tradutores e
outros mediadores para fazer suas análise a respeito das sociedades
primitivas estudadas.
Malinowski vai a campo
realmente inaugurando a pesquisa participante ,ou seja, o próprio
pesquisador vai viver na sociedade primitiva e coletar os dados que
necessita direto da fonte sem necessidade de intermediários ,ou
seja, surge os diários de campo para auxiliar os pesquisadores nessa
tarefa.
Malinowski esteve entre os
Mailu durante seis meses e antes de embarcar para as Ilhas Trobriands
na Nova Guiné a 16.000KM de Londres, em Julho de 1915, parou na
Austrália para analisar os dados já coletados. Tal material
analisado foi enviado à Inglaterra e logo publicado, deixando a
Inglaterra ciente da inovação técnica do trabalho de campo
desenvolvido por ele, antes mesmo de retornar ao país. Impedido
desse retorno por ser Polonês no tempo da Primeira Guerra Mundial e
tendo complicações em sua estadia mal vista na Austrália, com a
ajuda de Seligmam embarcou mais vez uma vez para campo, para as Ilhas
Trobriands, onde permaneceu até Maio de 1916.
Mais tarde, em Outubro de 1917
retornou uma vez mais às Ilhas Trobriands para então escrever a
primeira monografia: Argonautas do Pacífico Ocidental, em Tenerife,
já ameaçado pela tuberculose. Só retornou à Inglaterra em 1921.
Nos estudos sobre os Papua
Melanésios da Nova Guiné , as populações costreiras das ilhas do
sul do Pacifíco tidos como exímios navegadores , o objetivo
central de sua pesquisa era descrever a instituição do kula.
O kula era uma forma de troca
intertribal,por mar, praticado por comunidades localizadas num
extenso circuito de ilhas que formam um circuito fechado.No sentido
horário circulam os soulava(colares de concha) e no anti horário
os mwali(braceletes) objetos que circulam permanentemente e que possui
uma regra básica:”uma vez no kula, sempre no kula” ,isso é,
parcerias formalizadas e duradoras.
RADCLIFFE-BROWN
Sua pesquisa entre os
Ilhéus do arquipélago Andaman da Birmânia, entre 1906 e 1908, como
estudante do fundo Anthony Wilkin em Etnologia da Universidade de
Cambridge da Grã-Bretanha. Tendo como objectivo ser membro do
Trinity College da Universidade, para se graduar em Etnologia, com a
colaboração do então Doutor em Etnologia (anteriormente fora
biólogo), Alfred Cort Haddon (1855-1940), leitor na Universidade de
Cambridge e membro da Faculdade Christ’s College desde 1900, e de
William Halse Rivers Rivers, da Faculdade St John’s
College.
Estudou os Andaman na
época em que Etnólogos e Arqueólogos analisavam as suas
instituições e costumes. Não foi em vão que William Rivers
organizara uma expedição ao Estreito de Torres que é uma larga
savana de água, entre a Australia
e as Ilhas Melanésicas ou Melanesian
island de Nova
Guiné. Com um comprimento de 150 km
(quase 93 milhas
marítimas), limita, ao Sul, com a Cape
York Peninsula, o extremo mais ao norte continental do Estado
Australiano de
Queensland. Ao
norte o seu limite é Western
Province do Estado Independente de Papua
Nova Guiné. Sítio do estudo de Radcliffe Brown, por iniciativa
de Haddon, para estudar as instituições e a sua gestão. Rivers era
necessário por causa de ser psicanalista, Seligaman, patologista, um
professor primário para entender como eram ensinadas as crianças,
Sidney Ray e o jovem estudante de 1890, Anthony Wilkin, para
fotografar espécies raras. Esta viagem ao Estreito de Torres marcou
uma ponta de revolução na ciência antropológica. Era a primeira
vez que académicos iam ao terreno. O que pensavam encontrar, não
existia. Era bem mais complicado: formas de matrimónio, significado
de palavras, compromissos, organização social e outras funções de
interacção bem mais complexas do que era esperado. Motivo que
animou Radcliffe-Brown a estudar as funções sociais que eles não
conseguiram entender com o seu saber ocidental.
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