segunda-feira, 7 de maio de 2012

A PESQUISA DE CAMPO






MALINOWSKI
            

Considerado um dos pais da pesquisa de campo porque rompe com o método evolucionista também chamado de comparativo e com a “antropologia de gabinete” na qual os pesquisadores baseavam –se nos relatos de viajantes,tradutores e outros mediadores para fazer suas análise a respeito das sociedades primitivas estudadas.
Malinowski vai a campo realmente inaugurando a pesquisa participante ,ou seja, o próprio pesquisador vai viver na sociedade primitiva e coletar os dados que necessita direto da fonte sem necessidade de intermediários ,ou seja, surge os diários de campo para auxiliar os pesquisadores nessa tarefa.
Malinowski esteve entre os Mailu durante seis meses e antes de embarcar para as Ilhas Trobriands na Nova Guiné a 16.000KM de Londres, em Julho de 1915, parou na Austrália para analisar os dados já coletados. Tal material analisado foi enviado à Inglaterra e logo publicado, deixando a Inglaterra ciente da inovação técnica do trabalho de campo desenvolvido por ele, antes mesmo de retornar ao país. Impedido desse retorno por ser Polonês no tempo da Primeira Guerra Mundial e tendo complicações em sua estadia mal vista na Austrália, com a ajuda de Seligmam embarcou mais vez uma vez para campo, para as Ilhas Trobriands, onde permaneceu até Maio de 1916.
Mais tarde, em Outubro de 1917 retornou uma vez mais às Ilhas Trobriands para então escrever a primeira monografia: Argonautas do Pacífico Ocidental, em Tenerife, já ameaçado pela tuberculose. Só retornou à Inglaterra em 1921.
Nos estudos sobre os Papua Melanésios da Nova Guiné , as populações costreiras das ilhas do sul do Pacifíco tidos como exímios navegadores , o objetivo central de sua pesquisa era descrever a instituição do kula.
O kula era uma forma de troca intertribal,por mar, praticado por comunidades localizadas num extenso circuito de ilhas que formam um circuito fechado.No sentido horário circulam os soulava(colares de concha) e no anti horário os mwali(braceletes) objetos que circulam permanentemente e que possui uma regra básica:”uma vez no kula, sempre no kula” ,isso é, parcerias formalizadas e duradoras.


RADCLIFFE-BROWN



Sua pesquisa entre os Ilhéus do arquipélago Andaman da Birmânia, entre 1906 e 1908, como estudante do fundo Anthony Wilkin em Etnologia da Universidade de Cambridge da Grã-Bretanha. Tendo como objectivo ser membro do Trinity College da Universidade, para se graduar em Etnologia, com a colaboração do então Doutor em Etnologia (anteriormente fora biólogo), Alfred Cort Haddon (1855-1940), leitor na Universidade de Cambridge e membro da Faculdade Christ’s College desde 1900, e de William Halse Rivers Rivers, da Faculdade St John’s College.
Estudou os Andaman na época em que Etnólogos e Arqueólogos analisavam as suas instituições e costumes. Não foi em vão que William Rivers organizara uma expedição ao Estreito de Torres que é uma larga savana de água, entre a Australia e as Ilhas Melanésicas ou Melanesian island de Nova Guiné. Com um comprimento de 150 km (quase 93 milhas marítimas), limita, ao Sul, com a Cape York Peninsula, o extremo mais ao norte continental do Estado Australiano de Queensland. Ao norte o seu limite é Western Province do Estado Independente de Papua Nova Guiné. Sítio do estudo de Radcliffe Brown, por iniciativa de Haddon, para estudar as instituições e a sua gestão. Rivers era necessário por causa de ser psicanalista, Seligaman, patologista, um professor primário para entender como eram ensinadas as crianças, Sidney Ray e o jovem estudante de 1890, Anthony Wilkin, para fotografar espécies raras. Esta viagem ao Estreito de Torres marcou uma ponta de revolução na ciência antropológica. Era a primeira vez que académicos iam ao terreno. O que pensavam encontrar, não existia. Era bem mais complicado: formas de matrimónio, significado de palavras, compromissos, organização social e outras funções de interacção bem mais complexas do que era esperado. Motivo que animou Radcliffe-Brown a estudar as funções sociais que eles não conseguiram entender com o seu saber ocidental.





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